quinta-feira, 31 de março de 2011
"Algo (Something)" - Samuel Úria
Algo quando ela se move
atrai-me mais que em qualquer outra
Algo que quase comove...
Não quero larga-la da mão,
tu sabes o quanto não...
Algures no seu sorrir,
leio que não preciso de outra.
Algo que ela deixa a ver
Não quero larga-la da mão,
tu sabes o quanto não...
Se o meu amor vai aumentar,
eu sei lá, eu sei lá...
Se ficares podes comprovar,
eu sei lá, eu sei lá...
Algo nela quando sabe
o que me passa na cabeça...
Algo nela de verdade...
Não quero larga-la da mão,
tu sabes o quanto não...
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quarta-feira, 16 de março de 2011
"Vestido Preto" - Jónatas Pires
Quando depois voltar por ti
Usa o Vestido Preto
Que te pedi para guardar
Num lugar qualquer secreto
Para que todos os outros
Que te vierem cortejar
Não possam ver o teu esplendor
Mas se algum deles for dócil
E te ajeitar o assento ao jantar
Sabes que não guardo rancor
Por mim guarda o mar...
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terça-feira, 1 de março de 2011
"Rua da Fonte Nova, 171" - Samuel Úria
O teu nome é uma daquelas coisas que se perde em tradução.
De sangue rosa azulado em nobreza e não só mesa, tecto, colchão.
O meu nome foi só outra coisa rabiscado na parede, a tua lousa.
De aparatoso há quem o ache piroso mas tu também és cor-de-rosa.
E é rosa de cheiro? É rosa de gládio? Botão de betão?
Não, não, não, não, não...
Recordações são palavrões nortenhos, asneiras banalizadas.
O meu vernáculo é o do habitáculo das 13 assoalhadas.
Recordações da casa cor-de-rosa. Estás colmatosa, eu adormeci.
Vais devoluta e eu não estou de volta, mas ainda acordo em ti.
És rua do Tordo? Rua do Casal? O refrão diz
Não, não, não, não, não...
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