terça-feira, 1 de março de 2011
"Rua da Fonte Nova, 171" - Samuel Úria
O teu nome é uma daquelas coisas que se perde em tradução.
De sangue rosa azulado em nobreza e não só mesa, tecto, colchão.
O meu nome foi só outra coisa rabiscado na parede, a tua lousa.
De aparatoso há quem o ache piroso mas tu também és cor-de-rosa.
E é rosa de cheiro? É rosa de gládio? Botão de betão?
Não, não, não, não, não...
Recordações são palavrões nortenhos, asneiras banalizadas.
O meu vernáculo é o do habitáculo das 13 assoalhadas.
Recordações da casa cor-de-rosa. Estás colmatosa, eu adormeci.
Vais devoluta e eu não estou de volta, mas ainda acordo em ti.
És rua do Tordo? Rua do Casal? O refrão diz
Não, não, não, não, não...
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Rua da Fonte Nova 171,
Samuel Úria
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